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Asta | Teatro e Outras Artes

Paradjanov

SINOPSE

A beleza vai salvar o mundo….
Dizem que um homem não deve expor o seu amor em praça pública, EU, respondo o contrário – Não há nada melhor, mais puro e mais digno que se possa expor, do que o amor!
Chamaram-me louco, degenerado… Negaram-me tudo, tudo!
Dizem que sou um criminoso, pois guiaram-se apenas pelas aparências que fabricaram e pela deturpação dos meus sonhos… retalharam-me o corpo e a alma com os seus punhais de mentiras…
A minha vingança é o amor. Conseguem ouvir-me? Ouvem-me bem? A minha vingança é o amor.

Luzes. Câmara. Ação!

galeria

Ficha técnica

Dramaturgia e Direção Pati Domenech
Assistente de Direção Rui Pires
Ator Sérgio Novo
Atriz vídeo Maria do Carmo Teixeira
Atriz vídeo Maria Vidal
Atriz vídeo Narine Grigoryan
Tradução Espanhol-Português André Costa
Coordenação do projeto Lilit Mnatsakanyan
Realização e Montagem Vídeo João Morais Inácio
Diretor de Cena de Julieta Gagik Madoyan
Coordenador do Equipamento de Gravação Artur Asoyan
Coordenador de Gravação Sergey Tovmasyan
Diretor de Iluminação Vahe Terteryan
Câmara Samvel Babasyan
Fotografia Aureo Gomez, Viktorya Bagoyan
Responsável Técnico Pedro Fonseca
Maquilhagem Tamara Baroyan
Guarda Roupa Paula Roca, São Bizarro, Syunetsi Fasion, Artyom Syunetsi

Projeto em Colaboração com o Festival Internacional de Teatro Armmono
Diretora Marianna Mkhitaryan
Figurantes Fernando Jorge, Francisco Afonso, Jorge Luís, José Santarém, Mário Mendes 
Apoio à Circulação Fundação Calouste Gulbenkian 
Coprodução Abrego Teatro, La Teatrería, Festival Internacional Solo Tú

Apoios
Câmara Municipal da Covilhã
Instituto Português do Desporto e Juventude

Agradecimentos
@rroba Tapas & Wine bar, Coolabora, Cruz Vermelha – Delegação da Covilhã, New Hand Lab, Megerian Carpet, Museu de Arte Sacra da Covilhã,M4M Productions, João Garra, José Santarém

Idiomas
Português, Espanhol e Arménio

Duração
 65 minutos

Classificação
M/12

sobre o projeto

O projeto gira em torno do universo de Paradjanov, da sua obra e da sua atribulada e trágica vida, marcada por dois acontecimentos:
1) A sua primeira esposa foi violentamente assassinada pelos seus irmãos, pois ela era muçulmana e Paradyanov era ortodoxo, e a família nunca a perdoou;
2) Svetlana Ivanovna, segunda esposa do autor, famosa atriz georgiana, morreu aos 40 anos de forma prematura.

Este homem, com a vida envolta em tragédias, sempre com um sorriso enigmático, mesmo nos momentos mais graves de sua existência, é o ponto de partida para o novo espetáculo da ASTA, que marca também os 20 anos de carreira do ator Sérgio Novo, comemorados em 2017.

Paradjanov sofreu perseguições e torturas por parte das autoridades soviéticas, mas sempre respondeu às infundadas acusações de que foi alvo, com: “A minha vingança é o amor”.

Após a morte de Svetlana Ivanovna, Paradjanov construiu vários chapéus, estes chapéus eram para as personagens que a sua esposa não pode representar devido à sua morte prematura. E é esta incrível coincidência que está na origem deste projeto, baseado no grande artista arménio, desconhecido da maioria dos portugueses.

A partir da história real, construímos uma história ficcionada tendo por base o universo de Shakespeare, e três das suas personagens femininas, que poderiam ter sido representadas por Svetlana Ivanovna, tendo como acessório um dos tais chapéus.

Lady Macbeth, Desdémona e Julieta, personificando três gerações e três conceções de mulher diferentes. Antagónicas e complementares ao mesmo tempo, e para a nossa história muito interessantes.

Não temos intenção fazer uma reconstrução arqueológica em torno destes personagens, antes dotá-los de uma nova personalidade de acordo com o tempo em que vivemos.

Sendo Paradjanov um transgressor de normas criativas, sociais e ideológicas, tanto ao nível formal como estético e conceptual, dotaremos os personagens femininos com uma nova abordagem, permitindo-os serem vistos de uma ótica mais de acordo com as problemáticas da mulher moderna.

Queremos que a proposta artística sirva para esta nova abordagem de redimensionamento das circunstâncias da vida destas três mulheres. Que dignifique a sua condição de vítimas de uma sociedade patriarcal, em que o papel da mulher não deixa de ser secundário, e, mesmo assim, desencadeou a tragédia nos textos que nos servem de base, apenas porque são mulheres.

O protagonista da nossa história será Paradjanov, submetido a intermináveis interrogatórios, com acusações inauditas sem precedentes e que hora provocam o riso ou descrença na lei e na justiça.

Temos por um lado a repressão permanente e as sucessivas detenções, e por outro, o seu amor inesgotável à vida, às esposas e às artes. Do cinema à escultura, da pintura à poesia, criando um universo único, excecional e novo. O espetáculo será uma espécie de monólogo multimédia coreográfico:

MONÓLOGO, já que estará apenas um ator em palco, mas o trabalho não será desenvolvido como um trabalho unipessoal. O intérprete dará vida a Paradjanov, que se encontra numa espécie de limbo onírico, umas vezes sonho, outras real, mas sempre poético. O espetáculo não pretende ser uma biografia sobre o cineasta, trata-se de uma recriação ficcional de uma possível história, que emana de uma das suas criações.

MULTIMÉDIA, porque o vídeo dará vida às três personagens femininas que vamos pedir emprestadas às tragédias de Shakespeare. Esta opção pelo vídeo dá-se porque esta ferramenta nos situa num outro nível comunicativo, usando uma linguagem que reforça o plano do onírico, em que as personagens se movem como fantasmas de um futuro possível, mas que nunca se tornará realidade. Este entorno multimédia também permite dimensionar a história a meio caminho entre o teatro e o cinema, onde vamos usar o estilo vanguardista que o autor utiliza nos seus filmes. Teremos também em conta a incursão do cineasta ao cinema mudo nas cenas que ocorrem como tableaux vivants e o quão poeticamente e eficazes são nas suas obras, como no caso das maravilhosas cenas estáticas de Sayat Nova.

COREOGRÁFICO, porque pretendemos alcançar uma dimensão que caracteriza a direção do mestre em todos os seus filmes, e que se desenvolve com estrema precisão milimétrica, onde o gesto e a linguagem corporal alcançam novos significados metafóricos.

As personagens femininas serão caracterizadas e vestirão como os personagens de Sayat Nova, e o ator será acompanhado por imagens dos seus filmes e durante o espetáculo.

O espetáculo é desenvolvido em momentos distintos, com o processo criativo a decorrer em ambiente de residência artística em Santander, Espanha, e na Covilhã, Portugal. Paralelamente à investigação em torno da vida e obra de Paradjanov, é escrito o texto, desenvolvem-se os ensaios e são rodadas as várias cenas utilizadas no espetáculo, que decorrem em Erevan, na Arménia e na Covilhã, Portugal.

SINOPSE

A beleza vai salvar o mundo….

Dizem que um homem não deve expor o seu amor em praça pública, EU, respondo o contrário – Não há nada melhor, mais puro e mais digno que se possa expor, do que o amor!

Chamaram-me louco, degenerado… Negaram-me tudo, tudo!
Dizem que sou um criminoso, pois guiaram-se apenas pelas aparências que fabricaram e pela deturpação dos meus sonhos… retalharam-me o corpo e a alma com os seus punhais de mentiras…

A minha vingança é o amor. Conseguem ouvir-me? Ouvem-me bem? A minha vingança é o amor.

Luzes. Câmara. Ação!

galeria

Vídeo

sobre o projeto

O projeto gira em torno do universo de Paradjanov, da sua obra e da sua atribulada e trágica vida, marcada por dois acontecimentos:

  1. A sua primeira esposa foi violentamente assassinada pelos seus irmãos, pois ela era muçulmana e Paradyanov era ortodoxo, e a família nunca a perdoou;
  2. Svetlana Ivanovna, segunda esposa do autor, famosa atriz georgiana, morreu aos 40 anos de forma prematura.

Este homem, com a vida envolta em tragédias, sempre com um sorriso enigmático, mesmo nos momentos mais graves de sua existência, é o ponto de partida para o novo espetáculo da ASTA, que marca também os 20 anos de carreira do ator Sérgio Novo, comemorados em 2017.

Paradjanov sofreu perseguições e torturas por parte das autoridades soviéticas, mas sempre respondeu às infundadas acusações de que foi alvo, com: “A minha vingança é o amor”.

Após a morte de Svetlana Ivanovna, Paradjanov construiu vários chapéus, estes chapéus eram para as personagens que a sua esposa não pode representar devido à sua morte prematura. E é esta incrível coincidência que está na origem deste projeto, baseado no grande artista arménio, desconhecido da maioria dos portugueses.

A partir da história real, construímos uma história ficcionada tendo por base o universo de Shakespeare, e três das suas personagens femininas, que poderiam ter sido representadas por Svetlana Ivanovna, tendo como acessório um dos tais chapéus.

Lady Macbeth, Desdémona e Julieta, personificando três gerações e três conceções de mulher diferentes. Antagónicas e complementares ao mesmo tempo, e para a nossa história muito interessantes.

Não temos intenção fazer uma reconstrução arqueológica em torno destes personagens, antes dotá-los de uma nova personalidade de acordo com o tempo em que vivemos.

Sendo Paradjanov um transgressor de normas criativas, sociais e ideológicas, tanto ao nível formal como estético e conceptual, dotaremos os personagens femininos com uma nova abordagem, permitindo-os serem vistos de uma ótica mais de acordo com as problemáticas da mulher moderna.

Queremos que a proposta artística sirva para esta nova abordagem de redimensionamento das circunstâncias da vida destas três mulheres. Que dignifique a sua condição de vítimas de uma sociedade patriarcal, em que o papel da mulher não deixa de ser secundário, e, mesmo assim, desencadeou a tragédia nos textos que nos servem de base, apenas porque são mulheres.

O protagonista da nossa história será Paradjanov, submetido a intermináveis interrogatórios, com acusações inauditas sem precedentes e que hora provocam o riso ou descrença na lei e na justiça.

Temos por um lado a repressão permanente e as sucessivas detenções, e por outro, o seu amor inesgotável à vida, às esposas e às artes. Do cinema à escultura, da pintura à poesia, criando um universo único, excecional e novo. O espetáculo será uma espécie de monólogo multimédia coreográfico:

MONÓLOGO, já que estará apenas um ator em palco, mas o trabalho não será desenvolvido como um trabalho unipessoal. O intérprete dará vida a Paradjanov, que se encontra numa espécie de limbo onírico, umas vezes sonho, outras real, mas sempre poético. O espetáculo não pretende ser uma biografia sobre o cineasta, trata-se de uma recriação ficcional de uma possível história, que emana de uma das suas criações.

MULTIMÉDIA, porque o vídeo dará vida às três personagens femininas que vamos pedir emprestadas às tragédias de Shakespeare. Esta opção pelo vídeo dá-se porque esta ferramenta nos situa num outro nível comunicativo, usando uma linguagem que reforça o plano do onírico, em que as personagens se movem como fantasmas de um futuro possível, mas que nunca se tornará realidade. Este entorno multimédia também permite dimensionar a história a meio caminho entre o teatro e o cinema, onde vamos usar o estilo vanguardista que o autor utiliza nos seus filmes. Teremos também em conta a incursão do cineasta ao cinema mudo nas cenas que ocorrem como tableaux vivants e o quão poeticamente e eficazes são nas suas obras, como no caso das maravilhosas cenas estáticas de Sayat Nova.

COREOGRÁFICO, porque pretendemos alcançar uma dimensão que caracteriza a direção do mestre em todos os seus filmes, e que se desenvolve com estrema precisão milimétrica, onde o gesto e a linguagem corporal alcançam novos significados metafóricos.

As personagens femininas serão caracterizadas e vestirão como os personagens de Sayat Nova, e o ator será acompanhado por imagens dos seus filmes e durante o espetáculo.

O espetáculo é desenvolvido em momentos distintos, com o processo criativo a decorrer em ambiente de residência artística em Santander, Espanha, e na Covilhã, Portugal. Paralelamente à investigação em torno da vida e obra de Paradjanov, é escrito o texto, desenvolvem-se os ensaios e são rodadas as várias cenas utilizadas no espetáculo, que decorrem em Erevan, na Arménia e na Covilhã, Portugal.

Ficha técnica

Dramaturgia e Direção Pati Domenech
Assistente de Direção Rui Pires
Ator Sérgio Novo
Atriz vídeo Maria do Carmo Teixeira
Atriz vídeo Maria Vidal
Atriz vídeo Narine Grigoryan
Tradução Espanhol-Português André Costa
Coordenação do projeto Lilit Mnatsakanyan
Realização e Montagem Vídeo João Morais Inácio
Diretor de Cena de Julieta Gagik Madoyan
Coordenador do Equipamento de Gravação Artur Asoyan
Coordenador de Gravação Sergey Tovmasyan
Diretor de Iluminação Vahe Terteryan
Câmara Samvel Babasyan
Fotografia Aureo Gomez, Viktorya Bagoyan
Responsável Técnico Pedro Fonseca
Maquilhagem Tamara Baroyan
Guarda Roupa Paula Roca, São Bizarro, Syunetsi Fasion, Artyom Syunetsi

Projeto em Colaboração com o Festival Internacional de Teatro Armmono
Diretora Marianna Mkhitaryan
Figurantes Fernando Jorge, Francisco Afonso, Jorge Luís, José Santarém, Mário Mendes 
Apoio à Circulação Fundação Calouste Gulbenkian 
Coprodução Abrego Teatro, La Teatrería, Festival Internacional Solo Tú

Apoios
Câmara Municipal da Covilhã
Instituto Português do Desporto e Juventude

Agradecimentos
@rroba Tapas & Wine bar, Coolabora, Cruz Vermelha – Delegação da Covilhã, New Hand Lab, Megerian Carpet, Museu de Arte Sacra da Covilhã,M4M Productions, João Garra, José Santarém

Idiomas
Português, Espanhol e Arménio

Duração
 65 minutos

Classificação
M/12